Um dos decretos reduzia as alíquotas de PIS/Cofins sobre receitas financeiras de grandes empresas
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As três medidas foram anuladas por decreto de Lula, restabelecendo as regras anteriores, publicado em edição extra do Diário Oficial da União (DOU) desta segunda-feira.
No domingo, em solenidade no Palácio do Planalto, após tomar posse na Presidência do País, Lula assinou uma série de atos, incluindo um 'revogaço' de medidas de Bolsonaro.
Como o jornal O Estado de S. Paulo informou, o decreto de Mourão sobre PIS/Cofins iria retirar R$ 5,8 bilhões por ano de receitas do governo Lula. A desoneração tributária pegou de surpresa a nova equipe econômica, justamente quando o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, busca aumento de receita para diminuir o rombo de R$ 220 bilhões previsto no Orçamento de 2023.
O decreto reduzia em 50% - de 4,65% para 2,33% a partir de 1º de janeiro de 2023 - a contribuição a PIS e Cofins sobre as receitas financeiras das empresas que adotam a tributação do lucro real, as maiores do País.
A revogação, já esperada, no entanto, não restabelece as alíquotas de imediato. Pela legislação, o aumento dos tributos só produzirá efeito 90 dias após a publicação do ato.
A tributarista Ana Claudia Akie Utumi, do escritório de mesmo nome, explicou que, para reverter a decisão mesmo nas primeiras horas do dia primeiro, como foi feito no domingo por Lula, o governo terá de esperar a noventena exigida para entrada em vigor de aumento de tributo. "Para reduzir é automático, mas para aumentar a arrecadação tem de esperar 90 dias", diz.
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