"Não vejo intenção de postergar aquilo que precisa ser discutido", declarou Haddad
© Fábio Pelinson |
Depois de citar as três agendas prioritárias do governo - fiscal, crédito e regulatória -, Haddad considerou ser "natural" a ansiedade em relação aos anúncios do presidente Lula nessas frentes.
O ministro da Fazenda disse também que o governo vai "desengavetar" iniciativas de democratização do crédito do Banco Central (BC) que estavam paradas no governo anterior.
Ele afirmou que o assunto foi discutido com o presidente do BC, Roberto Campos Neto, antes de sua participação na reunião de diretoria da Fiesp. O objetivo, adiantou, é melhorar o ambiente de crédito diante da "trava" do aumento dos juros básicos, a Selic.
"A Selic é uma trava para todos nós, e para a democratização do crédito, mas sabemos do potencial que isso teria na economia brasileira", declarou o ministro ao falar das medidas na Fiesp.
Reforma tributária e arcabouço fiscal
Haddad disse também que vê uma oportunidade para aprovação da reforma tributária, assim como de um novo arcabouço fiscal, importante, segundo ele, para pacificar o Brasil num "front delicado". "Em relação a finanças públicas, a pressão está nas mesas do Tesouro e do Banco Central diariamente, fora o terrorismo", disse o titular da Fazenda, referindo-se às críticas do mercado em torno das incertezas nas contas públicas.
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