A afirmação faz alusão ao ex-ministro da Economia, Paulo Guedes, que era chamado de "posto Ipiranga" pelo ex-presidente da República, Jair Bolsonaro
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As declarações foram feitas durante a cerimônia de transmissão de cargo para assumir o Ministério da Fazenda no Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB), em Brasília.
"Não somos dogmáticos, somos pragmáticos. Me sinto confortável em equipe de Alckmin, Tebet e Dweck. Se antes havia um posto Ipiranga, agora somos uma rede de postos. Não existe mágica nem malabarismos financeiros, nem bala de prata", declarou Haddad.
Ele ainda se comprometeu com transparência e afirmou que qualquer pedido de informações, realizado por meio a Lei de Acesso à Informação (LAI), será respondido.
"Não vai ter projeto de lei parado em mesa, se for bom vai andar. Vamos fazer força-tarefa para reunir projetos e levar ao Congresso. E se estiver no cargo em 2026, independentemente do resultado das eleições, eu farei uma transição no ministério bem diferente do que aconteceu", disse Haddad.
'Arrumar a casa'
O ministro da Fazenda destacou a necessidade de "arrumar a casa" após atos que classificou como irresponsáveis do governo Jair Bolsonaro em 2022, em virtude de diversas medidas econômicas realizadas logo antes das eleições.
Segundo Haddad, o custo das "medidas eleitoreiras" é de 3% do PIB, com gastos em aumento irresponsável de dispêndios e em renúncia fiscal. "Estamos falando, portanto, de um rombo de cerca de 300 bilhões de reais, provocado pela insanidade", disse.
De acordo com ele, a expressão "arrumar a casa" tornou-se uma metáfora comum nos discursos dos que iniciam um novo governo, mas que essa administração está mais próxima de "reconstruir uma casa do que simplesmente arrumá-la", afirmou, dizendo que não tem medo de cometer exageros.
Haddad afirmou que os atos na política econômica do país em 2022 foram dos golpes mais duros que o governo anterior desferiu contra o povo brasileiro. "Não apenas contrariaram o bom senso e a recomendação de técnicos da Economia: foram deliberadamente irresponsáveis para tentar evitar o inevitável, a derrota desse projeto autoritário."
O novo ministro afirmou que, com objetivo exclusivamente eleitoreiro, o governo Bolsonaro acabou com os filtros de seleção de beneficiários dos programas de transferência de renda, o que comprometeu a austeridade desses programas. "Recentemente, aliás, confessaram o ato, nos pedindo a retirada de dois milhões e meio de pessoas que eles incluíram indevidamente no cadastro do Bolsa Família", destacou.
Haddad também argumentou que a administração anterior distribuiu benesses e desonerações fiscais para empresas, "desobedecendo qualquer critério que não fosse ganhar a eleição a todo custo".
No início de seu discurso, o novo ministro também agradeceu o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o vice-presidente, Geraldo Alckmin (PSB), ressaltando a união de antigos adversários em favor da democracia. "Com a posse do presidente Lula, dos ministros e demais membros do novo governo, põe-se fim a quatros anos de um terrível pesadelo. E damos início a um novo ciclo de esperança, trabalho, respeito e paz no Brasil. Um momento ansiado por nós, brasileiros, mas também por todas as grandes democracias mundiais. E eu me sinto muito honrado em poder colaborar para esse resgate do nosso País."
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