As gravações da série "Veronika" (Globoplay) começam em fevereiro, e Belo vem se preparando com aulas de interpretação e laboratório com policiais da vida real. O cantor define o período em que esteve encarcerado como "uma página virada", mas admite: "Foi um dos piores momentos da minha vida".
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MARTHA ALVES
SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - As voltas que o mundo dá. Vinte anos depois de ter sido preso por associação com o tráfico de drogas, o cantor Belo, 48, estreia como ator no papel... de um policial civil que trabalha na delegacia especializada no combate a entorpecentes.
As gravações da série "Veronika" (Globoplay) começam em fevereiro, e Belo vem se preparando com aulas de interpretação e laboratório com policiais da vida real. O cantor define o período em que esteve encarcerado como "uma página virada", mas admite: "Foi um dos piores momentos da minha vida".
Pisar numa delegacia novamente e conviver com policiais pode ser uma experiência difícil para quem passou pelo que Belo passou. Ele, no entanto, jura que não é o tipo de pessoa que guarda mágoa. "Não tenho rancor, foi um outro momento e a vida segue. Estou entrando [na delegacia] com a cabeça erguida, como um artista", declara.
O convite para o projeto partiu do produtor da série José Junior, um dos fundadores da ONG Afroreggae, a quem Belo se diz muito agradecido pela oportunidade. Sua inspiração nesta nova carreira é Seu Jorge, um exemplo de profissional que sabe conciliar os trabalhos de músico e de ator, com direito a prêmios internacionais em ambas as frentes.
"Ele é sensacional, quero entrar nesse caminho e tentar ser mais ou menos como o Seu Jorge é", assume o cantor romântico, que tem um orgulho extra em alguns momentos de sua rotina de trabalho: "Amo quando as pessoas falam que sou o Roberto Carlos do pagode, da favela."
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