A ex-detenta cumpre pena em liberdade condicional
© Reprodução |
Conforme a investigação, no final do ano passado, Elize participou do processo de seleção de uma construtora, em Sorocaba, para a função de acompanhar obras em condomínios. Ao apresentar a documentação, ela teria usado o atestado de antecedentes de outra pessoa, sobrepondo no documento seu nome de solteira, Elize Araújo Giacomini. A suposta falsificação foi denunciada e resultou em inquérito aberto no 8º Distrito Policial. Sem conseguir o emprego, Elize se mudou para Franca e passou a trabalhar como motorista de aplicativo.
Na segunda-feira, equipes de policiais civis realizaram diligências em Sorocaba e Franca para cumprir um mandado de busca e apreensão expedido pela Justiça. Elize, no entanto, estava se deslocando em seu Honda Fit justamente para Sorocaba e foi abordada na chegada à cidade. Conduzida ao distrito policial, ela prestou depoimento na presença do advogado e foi liberada. À polícia, ela negou que tenha sido autora da falsificação.
Secretário
O secretário da Segurança Pública de São Paulo, Guilherme Derrite, confirmou a investigação em sua página no Instagram. "A Polícia Civil identificou que Elize Matsunaga usava documento falso em Sorocaba. Infelizmente, a reincidência criminal é uma das realidades com a quais nossas polícias se deparam. Ela havia sido solta na progressão de pena, que se demonstra um entrave para segurança pública", escreveu.
O advogado de Elize, Luciano Santoro, disse que sua cliente nega com veemência a falsificação. Segundo ele, o artifício não seria necessário, pois o processo em que a mulher foi condenada pela morte do marido ainda não transitou em julgado, ou seja, não foi encerrado definitivamente. Com isso, seu atestado sairia sem o apontamento de antecedentes criminais.
Em nota, a Secretaria de Segurança Pública do Estado de São Paulo informou que a Polícia Civil de Sorocaba realizou uma operação denominada "Nada Consta" para verificar denúncia anônima sobre falsificação de documentos. "Durante diligências, a polícia identificou que uma egressa do sistema prisional estava utilizando um atestado de antecedentes criminais falsificado", disse.
Ainda segundo a pasta, a irregularidade foi comprovada após exames periciais que resultaram na instauração de inquérito policial e, mediante ordem judicial, dado cumprimento a um mandado de busca e apreensão. Sem citar Elize, a nota confirma que a autora foi levada à delegacia e formalmente indiciada pelo crime de uso de documento falso. Um notebook e o aparelho celular foram apreendidos e periciados.
O crime
Elize Matsunaga matou com um tiro na cabeça o marido, o empresário Marcos Kitano Matsunaga, dono da indústria de alimentos Yoki, em maio de 2012, no apartamento do casal, na Vila Leopoldina, em São Paulo. Em seguida, ela esquartejou o corpo, colocou as partes em sacos e usou seu carro para espalhar os pedaços em áreas verdes da Região Metropolitana.
Durante a investigação, Elize confessou o crime e alegou que o marido a agredia e a traía. Condenada inicialmente a 19 anos e 11 meses de prisão, seu advogado entrou com recurso e, em 2019, ela teve a pena reduzida para 16 anos e 3 meses por ter confessado o crime. Em maio de 2022, após cumprir dez anos de prisão e registrar bom comportamento na Penitenciária Feminina de Tremembé, ela obteve a progressão para o regime aberto.
Depois de tentar o emprego em Sorocaba, Elize se mudou para Franca, onde trabalha como motorista de aplicativo. A empresa Maxim confirmou que a ex-detenta está cadastrada em sua plataforma e atua como motorista de aplicativo usando o nome de solteira, Elize Araújo Giacomini.
Ela foi aprovada no processo de cadastramento e seleção e figura como "bem avaliada" pelos passageiros. Pessoas que utilizaram os serviços de Elize a descreveram como uma motorista discreta e respeitosa. A ex-detenta deve cumprir a pena em liberdade, com restrições, até 2028.
VIA...NOTÍCIAS AO MINUTO
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Os comentários são pessoais, é não representam a opinião deste blog.
Muito obrigado, Infonavweb!