A empresa já havia confirmado uma segunda parada na unidade de São José dos Pinhais (PR) também para o próximo mês
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Antes, a empresa já havia confirmado uma segunda parada na unidade de São José dos Pinhais (PR) também para o próximo mês. Somado aos feriados do mês em que as linhas também estarão paradas, a produção deve ter significativa queda no período. Desde fevereiro, a Volkswagen já anunciou sete períodos de férias coletivas em suas quatro fábricas no País.
Nas últimas semanas, várias montadoras anunciaram medidas de corte de produção, algumas por falta de semicondutores e a maioria por redução de vendas. No grupo estão General Motors, Hyundai, Stellantis (Jeep, Peugeot e Citroën) e também as fabricantes de caminhões Mercedes-Benz e Scania.
A Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea) tem alegado que os juros altos inibem financiamentos, modalidade que já chegou a responder por 70% das vendas.
Além das férias de 10 dias iniciadas na unidade de Taubaté na segunda-feira, 27, envolvendo cerca de 2 mil trabalhadores e que paralisou toda a produção, haverá novo período de dispensas de mais 10 dias na sequência para 900 desses funcionários, segundo o Sindicato dos Metalúrgicos local. A unidade produz os modelos Polo e o Polo Track.
Em comunicado, a Volkswagen informou na tarde desta quinta-feira, 30, que as medidas são para "manutenção na linha de produção e também em razão da instabilidade na cadeia de fornecimento de componentes".
O sindicato, por sua vez, afirma que a nova parada é para adequar o volume de produção à demanda do mercado. "A instabilidade no fornecimento de semicondutores continua a ser um problema, mas esse segundo período de férias coletivas está mais ligado à baixa demanda de vendas de veículos em razão dos reflexos dos juros altos", afirma o presidente da entidade, Cláudio Batista.
A Volkswagen também informa que a equipe do terceiro turno da unidade de motores da Volkswagen em São Carlos terá férias de 20 dias a partir de 10 de abril, por causa da instabilidade na entrega de peças, sem informar quais. Essa fábrica já tinha suspendido operações de 20 de fevereiro a 1º de março.
Na unidade do Paraná, onde é feito o T-Cross, já estavam programadas coletivas de 20 dias a partir de 10 de abril. A montadora diz que a medida "faz parte da estratégia de flexibilização nos processos produtivos devido à oscilação no fornecimento de componentes".
Anchieta segue com operações normais
Por enquanto, a única que manterá produção normal é a fábrica Anchieta, em São Bernardo do Campo, no ABC paulista.
Nos primeiros dois meses do ano, a indústria automobilística vendeu 272,8 mil veículos, 5,4% a mais que em igual período de 2022, quando a escassez de semicondutores estava generalizada. Os dados do trimestre serão divulgados na terça-feira, 4, pela Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave).
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