A atriz pornográfica Stormy Daniels reagiu à acusação a Donald Trump, dizendo que foi "poética". A mulher, de 44 anos, fala ainda sobre a possibilidade de o vir a enfrentar em tribunal. "Já o vi nu. É impossível ele ser mais assustador vestido", rematou.
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A atriz de filme pornográficos Stormy Daniels reagiu, esta sexta-feira (31), à acusação formal do ex-presidente dos Estados Unidos Donald Trump, anunciada ontem.
"Qualquer que seja o resultado, vai causar violência, e haverá feridos e mortes", afirmou em declarações ao The Times.
Desde que a acusação formal do tribunal de Manhattan foi conhecida a atriz, de 44 anos, já recebeu ameaças de morte, segundo o que conta. "O número e a intensidade são os mesmo do que da primeira vez, mas desta vez são mais violentas", garantiu.
A atriz, cujo verdadeiro nome é Stephanie Gregory Clifford, considerou ainda que apesar de estar á espera de uma situação que vai resultar em violência, toda a situação prova que "Trump já não é intocável". "Uma pessoa no poder não está livre da Lei. Não importa qual é o teu trabalho, ou o que diz a tua conta bancária, és tido em conta pelas coisas que disseste e fizeste - e a justiça será feita", afirmou.
Confrontada com a possibilidade de enfrentar Donald Trump, que será o primeiro ex-presidente a enfrentar acusações criminais, Daniels foi assertiva. "Já o vi nu. É impossível ele ser mais assustador vestido", concluiu.
Ainda quanto aos acontecimentos, que têm marcado não só a história dos Estados Unidos, como têm criado rumores pelo mundo todo, a mulher diz que a acusação a Trump, cujos detalhes só serão conhecidos nos próximos dias, foi "justificada" e "poética".
A investigação que vai resultar na ida de Trump a tribunal envolve alegados pagamentos de Trump, no valor de 130 mil dólares (cerca de 121 mil euros), feitos à atriz pornográfica Stormy Daniels, por forma a impedi-la de publicar imagens de um encontro sexual que terão tido anos antes de 2016, quando os pagamentos terão sido feitos - em plena campanha presidencial.
As transações a Daniels terão sido feitos através de uma empresa de fachada, com a ajuda do advogado, Michael Cohen. O responsável terá sido mais tarde reembolsado por Trump através da empresa Trump Organization, movimentos que ficaram registos como despesas legais.
Cohen também terá conseguido com que a ex-modelo da Playboy Karen McDougal recebesse 150 mil dólares (cerca de 138 mil euros) por parte da American Media Inc., que detém títulos como National Enquirer, Us Weekly e In Touch. A editora terá pagado à mulher pelos direitos da sua história com Trump, que terá depois enterrado.
Segundo conta ainda o jornal, um ex-conselheiro da Casa Branca na administração Trump apelou, no programa Steve Bannon’s War Room, cuja audiência está repleta de apoiantes do milionário, a que os apoiantes do político "se manifestassem pacificamente". "Vamos ver quem são os políticos, quem são os golpistas e quem são os patriotas do 'América em Primeira Lugar'”, afirmou Sebastian Gorka, rematando: “Este é um momento de triagem".
A investigação de Nova Iorque é um dos muitos problemas legais que Trump enfrenta, pois o departamento de Justiça está a investigar a descoberta de documentos classificados referentes à sua Administração encontrados na sua propriedade da Florida, Mar-a-Lago, já depois de deixar a Casa Branca, bem como possíveis esforços para obstruir essa investigação.
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