A Coreia do Norte, que se tem alinhado com o Kremlin relativamente à guerra na Ucrânia, critica as autoridades ucranianas por pedirem mais armamento aos Estados Unidos.
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A irmã de Kim Jong-un, o ditador norte-coreano, e uma das mais altas figuras do regime de Pyongyang, fez duras críticas ao presidente ucraniano, acusando uma petição pró-nuclear ucraniana de ser uma estratégia para a Ucrânia obter armas nucleares, criticando Volodymyr Zelensky por ter "sonhos nucleares".
Num comunicado, publicado este sábado na agência estatal norte-coreana KCNA, Kim Yo-jong afirmou que a petição, que foi entregue à presidência ucraniana mas que não tem quaisquer ligações ao governo, é "um apelo para que os Estados Unidos mobilizassem armas nucleares para o território ucraniano".
"Foi noticiado que, se mais de 25 mil pessoas assinarem a petição em 90 duas, o presidente vai analisar a iniciativa e clarificar a sua posição. Isto é um véu sobre a expressão popular, mas não é difícil de adivinhar que isto é um produto do conluio sinistro político pelas autoridades de Zelensky", acusou a norte-coreana.
Kim Yo-jong denunciou ainda aquilo que considera ser as intenções de Zelensky de "desenvolver armas nucleares" na Ucrânia, acreditando que são uma "manifestação da sua ambição política muito perigosa de prolongar os seus últimos dias a qualquer custo, ao jogar com o destino do seu país e povo".
A Coreia do Norte tem-se manifestado sempre do lado da Rússia, em oposição à Ucrânia apoiada pelos países da NATO e, claro, pelos Estados Unidos. O regime tem apoiado o Kremlin na Organização das Nações Unidas e em outros palcos diplomáticos, e Kyiv acusa ainda o país de vender armas aos russos para combater na invasão.
As declarações de Kim Yo-jong surgem depois de a Rússia ter mobilizado armas nucleares para território bielorrusso, o seu principal aliado e país cujo líder, Aleksandr Lukashenko, já tinha mostrado grande disponibilidade em acolher esse armamento russo.
A Ucrânia não tem armas nucleares desde os anos 90, dissolvendo o seu programa nuclear depois da dissolução da União Soviética e com a promessa que a sua integridade territorial não seria violada pela Rússia.
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