O documento refere ainda que "a Rússia não se considera inimiga do Ocidente, não se isola, e não tem intenções hostis", ressalvando que "Moscovo está a contar com a perceção dos países ocidentais da futilidade do conflito, [desejando] um regresso à interação igualitária".
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O presidente russo, Vladimir Putin, aprovou, esta sexta-feira, um decreto com a nova versão da política externa da Rússia, apontando os Estados Unidos como “a principal fonte de riscos para sua segurança e paz internacional”, desejando, por isso, remover “os vestígios do domínio dos EUA no mundo”.
O documento, citado pela agência RIA, refere que “a Rússia não se considera inimiga do Ocidente, não se isola, e não tem intenções hostis”, ressalvando que “Moscovo está a contar com a perceção dos países ocidentais da futilidade do conflito, [desejando] um regresso à interação igualitária”.
Contudo, a Rússia “considera o rumo tomado por Washington como a principal fonte de riscos para a sua segurança e paz internacional”, pelo que “será dada prioridade à remoção dos vestígios do domínio dos EUA no mundo”, segundo o mesmo meio.
O decreto defende ainda que Moscovo “procura garantir a segurança para todos os países com base no princípio da reciprocidade”, concedendo particular importância ao “aprofundamento abrangente dos laços e coordenação com a China e a Índia”, de modo a tornar a Rússia “uma zona de paz, com bons vizinhos, e prosperidade”, nos “próximos quatro a seis anos”.
De acordo com Putin, o Ministério dos Negócios Estrangeiros levou a cabo um trabalho minucioso para adequar o documento à realidade atual, apelando a que os responsáveis tomem especial atenção à “expansão dos laços com parceiros construtivos e à criação de condições para que os Estados hostis abandonem as suas políticas anti-russas”.
A última vez que estes conceitos foram atualizados foi em 2016.
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