Na privatização, a União, que hoje detém quase 40% das ações, passou a votar em decisões relevantes da companhia com 10% de sua participação
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(FOLHAPRESS) - O governo não conversa com a diretoria-executiva da Eletrobras, mas o comando da empresa fez chegar ao Planalto a sinalização de que está disposto a fazer mudanças na governança da companhia.
Na privatização, a União, que hoje detém quase 40% das ações, passou a votar em decisões relevantes da companhia com 10% de sua participação.
A restrição levou a AGU a ingressar no STF com uma ação de inconstitucionalidade. Pede que possa ter um assento no conselho a cada 10% das ações.
Interlocutores de pessoas presentes a um encontro com representantes do governo afirmam que o conselho de administração da Eletrobras propõe agora que o governo tenha dois assentos -eles seriam ocupados por Marisete Pereira, ex-secretária executiva do Ministério de Minas e Energia, e Marcelo Siqueira, procurador da AGU.
Marisete já integra o conselho atualmente, Siqueira aguarda sua liberação pela AGU para integrar a vice-presidência jurídica.
No entanto, o governo quer ter ao menos quatro assentos e se mostra indisposto a ter ambos os nomes no conselho.
Na avaliação do Planalto, Marisete Pereira foi uma das mentoras da privatização junto com Wilson Ferreira Junior, hoje presidente da Eletrobras. Siqueira foi assessor especial no Ministério da Fazenda, que estruturou o projeto.
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