googlefc.controlledMessagingFunction

Publicidade

CLIMA

Mais previsões: Lisboa tempo por hora

segunda-feira, 26 de junho de 2023

Fome grave atinge uma em cada cinco famílias negras no Brasil, diz pesquisa

Conforme um suplemento divulgado nesta segunda-feira, 26, uma em cada cinco famílias chefiadas por pessoas autodeclaradas pretas - mais precisamente 20,6% - sofre com a fome no Brasil

© iStock

Dados inéditos da pesquisa que, no ano passado, revelou 33,1 milhões de brasileiros em situação de insegurança alimentar grave estabelecem uma relação entre a fome e a discriminação racial e de gênero no País. Conforme um suplemento divulgado nesta segunda-feira, 26, uma em cada cinco famílias chefiadas por pessoas autodeclaradas pretas - mais precisamente 20,6% - sofre com a fome no Brasil.

O porcentual é quase o dobro do verificado nos lares chefiados por pessoas brancas, onde a fome atinge 10,6%. Quando se leva em conta o gênero, a situação é mais grave, já que 22% das famílias chefiadas por mulheres negras passam fome, também acima dos 13,5% observados nas famílias comandadas por mulheres brancas.

Os números compõem a segunda pesquisa sobre insegurança alimentar no contexto da pandemia, cujos dados foram obtidos pelo Instituto Vox Populi entre novembro de 2021 e abril de 2022. O levantamento foi realizado pela rede Penssan, que reúne pesquisadores do assunto, em parceria com organizações da sociedade civil.

O recorte divulgado hoje mostra que mesmo em famílias comandadas por mulheres negras de maior escolaridade - isto é, mais de oito anos de estudos - a fome atinge 15,9% dos lares, quase o dobro do porcentual nas famílias comandadas por mulheres brancas (8,3%). A falta grave de alimentos em famílias com crianças (menores de dez anos) também é maior - 23,8% dos casos - em lares chefiados por mulheres negras.

"A falta de alimentos e a fome são maiores entre as famílias chefiadas por pessoas negras, principalmente mulheres negras", comenta a professora Sandra Chaves, coordenadora da Penssan. "Precisamos urgentemente reconhecer a interseção entre o racismo e o sexismo na formação estrutural da sociedade brasileira para implementar e qualificar as políticas públicas, tornando-as promotoras da equidade e do acesso amplo, irrestrito e igualitário à alimentação", acrescenta.

VIA...NOTÍCIAS AO MINUTO      

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Os comentários são pessoais, é não representam a opinião deste blog.

Muito obrigado, Infonavweb!

Topo