Duas hipóteses estão sendo tratadas pela Delegacia de Homicídio
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(FOLHAPRESS) - A Polícia Militar confirmou na tarde desta quarta-feira (31) a morte de Paulo Sérgio Ferreira Pereira, o Surfista da Penha, 19, suspeito de ser um dos principais criminoso envolvidos no roubo de carros do Rio de Janeiro.
Segundo a corporação, a polícia foi acionada após uma troca de tiros. Quando uma viatura chegou ao local, Pereira já estava morto, e um outro homem, baleado. Nenhuma arma foi encontrada.
Há a informação de que dois carros pretos, modelo Corolla, passaram atirando na direção de Pereira e do outro homem, que já foi identificado pela polícia pelo apelido e também seria assaltante.
Duas hipóteses estão sendo tratadas pela Delegacia de Homicídio: a primeira é a de que os próprios criminosos do Complexo da Penha tenham assassinado Pereira pela atenção que ele estava chamando para o local; já a outra é a de que uma pessoa tenha reagido a um suposto assalto.
De acordo com a polícia, Pereira era conhecido por coordenar roubos e exibir nas redes sociais os carros. Em abril, em um único dia, a quadrilha da qual faria parte teria sido responsável pelo roubo de dez carros nas proximidades do Complexo da Penha.
A polícia realizava seguidas operações para tentar prendê-lo na Penha. Uma das últimas ocorreu na quinta (25), quando cinco suspeitos de ligação com o tráfico morreram, e as aulas para 170 alunos foram afetadas. Um intenso tiroteio foi relatado por moradores.
No dia anterior, outra operação na mesma região deixou quatro mortos. Pereira também estava entre os procurados.
Oriundo das favelas do Quitungo e Guaporé, em Brás de Pina, zona norte do Rio, ele perdeu uma perna em confronto com a polícia após sair da cadeia, aos 18 anos. Na ocasião, ele teria voltado ao tráfico e entrado em confronto com a polícia.
Um inquérito da DRFA (Delegacia de Roubos e Furtos de Automóveis) foi instaurado após o número de roubos de carros aumentar na região. A investigação apontou que ele tinha ligação com os chefes do tráfico da Penha, como Edgar Alves de Andrade, o Doca.
Contra ele havia um mandado de prisão expedido em março. Ele tinha seis registros criminais pelos crimes de roubo qualificado e outro pelo de latrocínio (roubo seguido de morte).
Usando dentes de ouro, Pereira costumava fazer transmissões ao vivo em suas redes sociais, comemorando os roubos. Sempre fumando, ele também mostrava notas de dinheiro e incentivava o ingresso no crime.
Há duas semanas, a polícia passou a usar drones na tentativa de monitorar sua movimentação, mas o suspeito identificou o equipamento. Após ter novo mandado de prisão emitido em seu nome, ele fez um atestado de óbito para tentar despistar a polícia, porém investigação mostrou que o documento era falso.
O outro suspeito baleado foi levado pelos bombeiros para um hospital da região.
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