A rebelião teria começado por 26 presos quando policiais penais faziam inspeção de segurança em um dos pavilhões
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BELO HORIZONTE, MG (FOLHAPRESS) - Cinco pessoas morreram durante uma rebelião que durou mais de 24 horas no presídio de segurança máxima Antônio Amaro Alves em Rio Branco. O fim do motim foi anunciado nesta quinta (27) pela Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública.
A Polícia Civil está no local para a identificação dos corpos. A pasta afirmou ainda que dois reféns, um policial penal e um detento que trabalhava como faxineiro, foram liberados.
Forças de segurança no estado iniciaram na manhã desta quinta (27) negociação para tentar a rendição dos detentos, que se rebelaram na manhã desta quarta (26).
Contatos com os rebelados na tentativa de fim da rebelião foram feitos também nesta quarta, sem sucesso.
Na manhã desta quinta, foi informado pelo governo que havia ambulâncias do Samu na proximidades do presídio e que todo o aparato do IML (Instituto Médico Legal) estava estruturado.
Também estavam próximos ao presídio o Gpoe (Grupo Penitenciário de Operações Especiais) e Bope (Batalhão de Operações Especiais). O objetivo, conforme o gabinete de crise montado por causa da rebelião é "reforçar ações de segurança".
"O coordenador criminal da Defensoria Pública do Estado, Gustavo Medeiros, e o promotor de Justiça Tales Tranin, que atua na 4ª Promotoria Criminal, também estão no local auxiliando nas negociações com os rebelados para dar fim à rebelião", disse nota assinada pelo secretário de Justiça e Segurança Pública do Acre, coronel José Américo Gaia, na manhã desta quinta.
Segundo o governo estadual, um policial penal acabou ferido. Ele foi atingido por um tiro de raspão na região do globo ocular e teve de ser encaminhado ao pronto-socorro de Rio Branco. No início da noite, o agente estava em estado estável, sem risco de morte.
Ainda conforme o governo, dois presos ficaram feridos durante conflito interno entre detentos de organizações criminosas rivais e também foram encaminhados ao pronto-socorro, sendo que um deles havia recebido alta.
COMO FOI A REBELIÃO
A rebelião teria começado por 26 presos quando policiais penais faziam inspeção de segurança em um dos pavilhões. Por volta das 19h30 desta quarta, o governo estadual disse em nota que o governador em exercício, Luiz Gonzaga, havia solicitado ao Ministério da Justiça a presença da Força-Tarefa de Intervenção Penitenciária (FTIP) para dar apoio no restabelecimento da ordem no presídio.
No documento, encaminhado ao ministro da Justiça, Flávio Dino, o governo pediu o envio de 40 policiais penais para reforçarem as ações em curso e garantir a integridade física dos servidores e detentos da unidade prisional.
No Twitter, Dino afirmou que, por causa da crise no sistema penitenciário do Acre, havia colocado forças de segurança do governo federal à disposição.
A Senappen informou nesta quinta ter mobilizado equipe de apoio para auxiliar o estado.
"A secretaria enviou operadores de inteligência que estão acompanhando de perto os acontecimentos. Além disso, cerca de 40 operacionais altamente capacitados da Força Tarefa da Senappen estão prontos para serem deslocados para a região, com o objetivo de reforçar as ações de controle da situação e garantir a segurança dos envolvidos, caso necessário", disse a secretaria.
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