Pelo menos 115 pessoas morreram devido às chamas no incidente do tipo mais letal em cem anos nos EUA
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SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - Duas semanas após os incêndios florestais que devastaram a ilha de Maui, as autoridades do Havaí anunciaram nesta terça-feira (22) que ao menos 1.100 pessoas continuam desaparecidas, segundo contagem provisória compilada pelo FBI, a polícia federal dos Estados Unidos.
Pelo menos 115 pessoas morreram devido às chamas no incidente do tipo mais letal em cem anos nos EUA. As autoridades admitem que o número ainda deve aumentar. Steven Merrill, agente especial do FBI, disse que centenas de pessoas continuam desaparecidas e que a lista das pessoas procuradas deve sofrer mudanças porque os investigadores "continuam com o processo de compilar dados adicionais".
Na segunda-feira, o prefeito de Maui, Richard Bisse, havia dito que os incêndios tinham deixado 850 pessoas desaparecidas. Autoridades alertam, porém, que a tragédia pode ter sido muito mais grave.
Desde que as chamas destruíram quase por completo a cidade turística de Lahaina, de 12 mil habitantes, circulam nas redes sociais, entre forças de segurança e equipes de emergência listas com milhares de nomes de pessoas supostamente desaparecidas. Agora, o FBI trabalha para verificar os dados. "Estamos cruzando as listas para que possamos determinar quem, de fato, continua desaparecido", disse Merrill.
O FBI divulgou um número telefônico exclusivo para pessoas que procuram desaparecidos e pediu aos familiares que entrem em contato para fornecer informações adicionais, como sobrenomes ou a data de nascimento, o que pode ajudar a polícia a localizar ou confirmar o desaparecimento de uma pessoa.
As autoridades estão fazendo o possível para refinar os dados e pretendem publicar uma lista definitiva de desaparecidos nos próximos dias, acrescentou o chefe de polícia de Maui, John Pelletier.
A identificação dos corpos encontrados entre as cinzas é complexa. Das 115 vítimas, apenas 27 tinham sido identificadas esta quarta (23). Nos últimos dias, as autoridades vêm reforçando os pedidos para que os moradores da ilha e familiares enviem amostras de DNA, fundamentais para o trabalho dos peritos.
Como parte dos esforços, o FBI mobilizou agentes para coletar o material de parentes que não podem viajar ao Havaí. Ao mesmo tempo, os investigadores admitiram a possibilidade de que nem todas as vítimas sejam identificadas.
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