Cerca de 60% dos equatorianos rejeitaram a exploração de petróleo no bloco 44, situado dentro do Parque Nacional Yasuní
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Em uma decisão histórica, os equatorianos votaram neste domingo (20) contra a exploração de petróleo em uma área protegida da Amazônia, na qual vivem duas tribos não contatadas e há uma rica biodiversidade. Com mais de 90% dos votos apurados no início da segunda-feira, 21, cerca de 60% dos equatorianos rejeitaram a exploração de petróleo no bloco 44, situado dentro do Parque Nacional Yasuní, uma das maiores biodiversidades globais.
A área é habitada pelos Tagaeri e os Taromenani, que vivem isolados. Em 1989, Yasuní foi designada uma reserva global da biosfera pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco). A reserva abarca uma área de mais de 1 milhão de hectares, com ao menos três espécies endêmicas.
O resultado da consulta popular é um revés significativo para o presidente do país, Guillermo Lasso, que defendia a exploração de petróleo no local, afirmando que a receita era crucial para a economia equatoriana. Com o resultado, a estatal Petroecuador terá de acabar com suas operações no local nos próximos meses.
Eleição presidencial
A consulta popular ocorreu junto com o primeiro turno da eleição presidencial. A disputa será decidida entre a candidata esquerdista Luisa González e Daniel Noboa, de direita. O país vive um período de turbulência política, após a morte de um dos candidatos à presidência, Fernando Villavicencio. Fonte: Associated Press.
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