Lâmpadas que acendem pelo celular, ferros de passar roupa com sensor inteligente, aparelhos de som acionados pela voz. Internet das coisas é um termo que existe desde 1999, criado pelo britânico Kevin Ashton, e se refere aos dispositivos equipados com determinados mecanismos que possibilitam a conexão com uma rede.
* Bruno Telles, COO da BugHunt
Bruno Telles, COO da BugHunt |
Já no ambiente corporativo, a IoT está presente em processos de cadeia de suprimentos, monitoramento de ativos, manufatura e até mesmo em cidades inteligentes. Hoje, a tecnologia tem ganhado cada vez mais destaque pela facilidade que promove no dia a dia das pessoas.
Apesar da praticidade que oferece, existe um perigo nessa hiperconexão. A falta de conscientização sobre os riscos envolvidos pode levar muitos usuários a esquecerem da segurança de seus dispositivos e, assim, acabam negligenciando medidas básicas de proteção. Além disso, a carência de padronização e regulamentação na área de IoT também contribui para o cenário de exposição de informações sensíveis.
De acordo com o Relatório de Ameaças Cibernéticas 2023 da SonicWall, na América Latina, nos primeiros seis meses do ano, houve um aumento de 164% nos ataques a ambientes com IoT. Esses tipos de ações colocam em risco informações pessoais dos usuários, como nome, endereço, CPF, senhas, dados bancários, e compromete até mesmo a segurança física do consumidor, dependendo do tipo de aparelho envolvido.
Contudo, antes de desistir das casas conectadas e abandonar a Smart Tv e os assistentes de voz por receio de ter dados roubados, é possível fazer uso da IoT e suas ferramentas sem riscos de exposição por meio da implementação de medidas de segurança adequadas.
Um primeiro passo é focar na utilização de senhas fortes e únicas para cada dispositivo, com uso de caracteres que variam entre letras maiúsculas, minúsculas, números e símbolos.
A atualização regular de firmware e sistemas operacionais, a configuração correta de permissões de acesso e a utilização de redes criptografadas e seguras, como VPNs, para proteger a comunicação dos dispositivos, também estão entre as principais orientações para quem busca explorar a hiperconectividade sem riscos.
Além disso, usar autenticação de dois fatores para contas online, evitar o compartilhamento de informações pessoais em redes sociais, utilizar softwares antivírus em dispositivos e evitar o clique em links suspeitos ou download de arquivos de fontes não confiáveis, também auxiliam no reforço da segurança.
Portanto, ter controle dos dados dentro de softwares e outras tecnologias assegura a privacidade necessária no uso de sistemas residenciais, além de possibilitar maior segurança, já que os usuários podem garantir que suas informações estejam armazenadas e trafegadas de maneira protegida contra acessos não autorizados.
Sistemas IoT trazem muitos benefícios, mas com eles surgem riscos que precisam ser considerados e mitigados. Para utilizar a tecnologia sempre a favor dos usuários, é fundamental seguir boas práticas de segurança, conscientizar-se dos riscos envolvidos e estar atento às atualizações e correções de segurança disponibilizadas pelos fabricantes de dispositivos e softwares.
* Bruno Telles é COO da BugHunt, primeira plataforma brasileira de Bug Bounty, programa de recompensa por identificação de falhas.
Pérola Rodrigues
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Os comentários são pessoais, é não representam a opinião deste blog.
Muito obrigado, Infonavweb!