Anderson Torres fez carreira como delegado federal e passou a ser investigado internamente na esteira dos atos golpistas do 8 de janeiro.
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O diretor-geral da Polícia Federal (PF), Andrei Passos Rodrigues, foi ouvido como testemunha no processo disciplinar que pode levar à expulsão do ex-ministro da Justiça, Anderson Torres, dos quadros da corporação.
O chefe da PF afirmou que ações e omissões de policiais federais têm afetado a imagem da instituição. Anderson Torres fez carreira como delegado federal e passou a ser investigado internamente na esteira dos atos golpistas do 8 de janeiro.
Quando os bolsonaristas radicais invadiram a Praça dos Três Poderes, Anderson Torres era secretário de Segurança do Distrito Federal, mas estava de férias nos Estados Unidos. Ele assumiu o cargo no Governo do DF após o fim do mandato do ex-presidente Jair Bolsonaro.
O ex-ministro teve a prisão decretada pelo Supremo Tribunal Federal (STF) na investigação sobre o papel de autoridades nos atos golpistas e passou quatro meses preso preventivamente. A PF agora está cobrando os salários pagos no período em que ele esteve no presídio. O valor chega a R$ 120 mil.
A Polícia Federal apreendeu na casa dele, durante as investigações, um rascunho de decreto para Bolsonaro intervir no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e anular o resultado da eleição. O documento apócrifo é uma das principais provas contra o ex-ministro.
Torres já prestou depoimento no inquérito. Ele foi ouvido por dez horas pela Polícia Federal e negou ter sido omisso ou conivente com os extremistas.
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