Afinal, não são precisos 10 mil passos por dia para diminuir o risco de doenças
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Pesquisadores da Universidade de Granada, na Espanha, analisaram 12 estudos já publicados e que incluíam um total de 110 mil participantes, para tentar apurar o número mínimo de passos diários para reduzir o risco de morte por qualquer causa.
O número "mágico", revelado na revista Journal of the American College of Cardiology, é oito mil.
Essa descoberta deita por terra uma crença que perdurou no tempo. Durante muitos anos acreditou-se que caminhar 10 mil passos diariamente era o número de passos a dar em prol de um estilo de vida mais saudável.
Esse mito teria surgido no Japão, por volta dos anos 60, quando a empresa japonesa Yamasa Clocki lançou o primeiro contador de passos, ao qual chamaram Manpo-kei, e que se popularizou numa campanha publicitária divulgada durante os Jogos Olímpicos de 1964, em Tóquio.
Contudo, não existiam provas científicas suficientes de que esse seria o número ideal para todos.
Os pesquisadores da Universidade de Granada descobriram que pessoas que davam pelo menos oito mil passos por dia tinham um risco 33% menor de morrer por qualquer causa do que aquelas que davam menos de quatro mil passos.
O estudo também mostrou que os benefícios de caminhar 8 mil passos por dia se aplicavam a pessoas de todas as idades, sexos e níveis de atividade física.
Considerando que o passo de um homem e de uma mulher medem, em média, 76 centímetros (cm) e 67 cm, respetivamente, os autores deste novo estudo concluíram que oito mil passos diários equivalem a caminhar cerca de 6,4 quilómetros.
Os cientistas alertam ainda para a importância do ritmo da caminhada, referindo que andar mais rápido tem benefícios para a saúde cardiovascular.
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