Costa, que é membro do Partido Socialista, disse que tomou a decisão para "preservar a dignidade da função de primeiro-ministro" e "a confiança que os portugueses têm de ter nas instituições"
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O primeiro-ministro português, António Costa, renunciou ao cargo nesta terça-feira (7 de novembro), após um escândalo de corrupção envolvendo concessões de exploração de lítio, um projeto de central de produção de energia a partir de hidrogênio e um projeto de construção de um data center.
Costa, que é membro do Partido Socialista, disse que tomou a decisão para "preservar a dignidade da função de primeiro-ministro" e "a confiança que os portugueses têm de ter nas instituições".
"Ao longo destes 25 anos dediquei-me de alma e coração a servir os portugueses", disse Costa em um discurso à imprensa. "Não me pesa na consciência qualquer ato ilícito. Confio na Justiça e no seu funcionamento."
O escândalo começou a ser investigado em janeiro deste ano, após uma denúncia da Procuradoria-Geral da República. No âmbito da investigação, a Polícia Judiciária deteve cinco pessoas, incluindo o chefe de gabinete de Costa, Eduardo Cabrita, e o ministro das Infraestruturas, João Galamba.
Cabrita e Galamba foram acusados de corrupção passiva, enquanto Lacerda Machado, o gestor tido como o "melhor amigo" de Costa, foi acusado de corrupção ativa.
Costa disse que não conhecia a existência do processo antes de ser detido. "Desconhecia em absoluto a existência de qualquer processo", afirmou.
A renúncia de Costa é um golpe para o Partido Socialista, que governa Portugal há seis anos. O partido terá agora de se preparar para as eleições legislativas antecipadas, que estão marcadas para o dia 30 de janeiro de 2024.
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