Ex-ministro da Justiça nega ter violado ordem do ministro Alexandre de Moraes para ficar fora das redes e alega que perfil no Facebook foi invadido
Joédson Alves/Agência Brasil |
A defesa do ex-ministro da Justiça Anderson Torres informou ao Supremo Tribunal Federal (STF) nesta terça-feira, 30, que o perfil dele no Facebook foi hackeado e pediu o cancelamento definitivo da conta. Ele está proibido de usar as redes sociais.
Em ofício enviado ao gabinete do ministro Alexandre de Moraes, os advogados afirmam que as fotos do perfil foram substituídas por "montagens absolutamente grosseiras". A defesa anexou as imagens ao processo.
"Tais imagens, que até para leigos em internet ou photoshop, correspondem a uma montagem grosseira, algumas, inclusive, dando a entender que o requerente exerceria a função de médico", diz o documento.
O ex-ministro está liberdade provisória, com tornozeleira eletrônica, e uma das condições que precisa obedecer é justamente ficar longe das redes sociais.
A defesa se adiantou nos esclarecimentos ao STF para evitar que a invasão da conta seja interpretada como descumprimento das medidas cautelares, o que poderia embasar um novo decreto de prisão.
Segundo os advogados, a última movimentação idônea na conta foi em 31 de dezembro de 2022. "É de extrema necessidade que os fatos aqui narrados sejam esclarecidos."
Anderson Torres é investigado no inquérito do golpe e na apuração sobre o papel de autoridades nos atos golpistas do 8 de Janeiro.
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