Boletim do Inmet informa que as condições de temperatura na superfície do Oceano Pacífico estão voltando à média climatológica
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O El Niño se caracteriza pelo aquecimento igual ou maior que 0,5 grau nas águas do oceano. Segundo o Inmet, há 69% de probabilidade de ocorrer o fenômeno La Niña no Brasil, a partir do segundo semestre. Conforme os meteorologistas da Climatempo, a tendência é de que o La Niña persista durante todo o restante do ano de 2024, com pico provável para a primavera, de outubro a dezembro, devendo atuar ainda até o verão de 2025.
Após um período de transição que vai de julho a setembro, o La Niña costuma trazer efeitos inversos aos do El Niño. Com a diminuição igual ou maior do que 0,5 grau na temperatura do Pacífico, o registro normal é de aumento de chuvas no Norte e Nordeste, tendência de tempo mais seco no Sul e chuvas com menor regularidade no Centro-Sul - mas ainda é necessário cautela com as previsões, considerando o calor atípico que se vive em todo o mundo.
O El Niño acontece com frequência de dois a sete anos e dura em média 12 meses, trazendo impacto na temperatura global. O atual começou em junho de 2023 e, segundo o Inmet, foi classificado como de intensidade moderada a forte. Embora não tenha sido o mais intenso já registrado, seus impactos foram significativos e com efeitos variados nas diferentes regiões do País.
E no inverno?
No período do inverno brasileiro, que começa oficialmente daqui a uma semana, os primeiros efeitos da proximidade do La Niña serão mais evidentes no que se refere à umidade baixa, com poucas chuvas até meados da primavera, podendo se estender até o início de outubro.
O tempo seco persistente também favorecerá prováveis ondas de calor entre agosto e outubro - e vale considerar que o mundo todo vem de um ano inteiro com recordes de calor. Até lá, o frio pouco intenso deve prevalecer em grande parte do País.
Segundo a empresa Climatempo, as frentes frias e as massas de ar frio que as acompanham também ficarão mais frequentes com a atuação do fenômeno. Mas durante o inverno elas deverão esbarrar na grande massa de ar seco que se estabelecerá no interior do País - e já concentrou chuvas no Sul, como se viu durante todo o mês de maio.
Assim, a temperatura dentro e abaixo da média só é provável no extremo sul do Brasil. Áreas do Sudeste, como o Estado de São Paulo, terão aumento mais evidente no número de dias frios a partir de agosto, mas sempre alternando com períodos mais longos de temperatura acima do que normalmente é registrado.
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
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