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quarta-feira, 30 de outubro de 2024

Tio de Paquetá se cala na CPI das Apostas; Kajuru fala em quebra de sigilo

Kajuru perdeu a paciência durante a sessão e disse que haveria requerimento de imediato para quebra dos sigilos bancário e telemático do tio de Paquetá

© Divulgação

RIO DE JANEIRO, RJ (UOL/FOLHAPRESS) - Bruno Tolentino, tio de Paquetá, optou por ficar em silêncio diante da CPI das Apostas, no Senado. Diante disso, ele será alvo de um requerimento para quebra de sigilo bancário e telemático.
Tolentino se valeu de uma decisão do STF, que concedeu habeas corpus, caso ele quisesse não se pronunciar ao atender a convocação nesta quarta-feira (30).

 

"Respeito a casa, respeito a todos, mas por ordem dos meus advogados eu permanecerei em silêncio", disse Bruno Tolentino.

Ao longo de algumas perguntas feitas pelo senadores Romário e Jorge Kajuru, relator e presidente da CPI, respectivamente, Bruno repetiu:

"Por orientação dos meus advogados, ficarei em silêncio".

Kajuru perdeu a paciência e disse que haveria requerimento de imediato para quebra dos sigilos bancário e telemático do tio de Paquetá.

MATÉRIA DO UOL GEROU CONVOCAÇÃO

Bruno Tolentino foi convocado para comparecer diante dos senadores depois do UOL revelar que ele e o filho Yan fizeram dois pagamentos ao atacante Luiz Henrique, à época no Bétis e nesta quarta-feira (30) no Botafogo, totalizando R$ 40 mil.

Ao UOL, Tolentino não ficou em silêncio. Disse que o dinheiro enviado a Luiz Henrique era pagamento de um empréstimo. O tio de Paquetá admitiu também que aposta com frequência, mas negou que recebesse informações privilegiadas de Paquetá para isso.

Kajuru revelou uma conversa nos bastidores do Senado entre ele e Bruno Tolentino. O tio de Paquetá teria dito que o que saiu sobre o jogador é "tudo mentira". Mas oficialmente, na CPI, nem isso Bruno quis repetir.

"O senhor como um pai, é normal o senhor ficar em silêncio com todas as perguntas e ao mesmo tempo disse na sala que é tudo mentira a respeito do Paquetá?", indagou Kajuru.

O presidente da CPI, ao final, ainda mandou outro recado que aponta para um trabalho de lobby nos bastidores para poupar jogadores de irem à CPI:

Meu telefone está aqui. A partir de agora, se mais uma vez, gente importante ligar para mim para pedir para não convocar fulano, beltrano, eu vou gravar e mandar para a imprensa. Jorge Kajuru, presidente da CPI das Apostas

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