A Organização Mundial de Saúde (OMS) disse que seis pessoas, incluindo quatro crianças, ficaram feridas num ataque israelita contra um centro de cuidados de saúde primários no norte da Faixa de Gaza.
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O diretor da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, afirmou no sábado que um ataque atingiu o centro de saúde Sheikh Radwan, "horas após o reinício da campanha de vacinação", durante uma "pausa humanitária".
A terceira fase da vacinação contra a poliomielite no norte de Gaza, suspensa desde o dia 23 por falta de garantias de segurança, foi retomada no sábado. Adhanom alertou, na rede social X (antigo Twitter), que esses ataques "colocam em risco a saúde das crianças e podem desencorajar os pais de levarem seus filhos para vacinar".
O líder da OMS descreveu a situação como "extremamente preocupante" e ressaltou que "essas pausas específicas de cada zona humanitária devem ser estritamente respeitadas. Cessar-fogo!".
Em resposta, as Forças de Defesa de Israel (IDF) negaram qualquer operação contra centros de saúde na área e rejeitaram as afirmações do diretor da OMS. Segundo o exército israelense, citado pelo jornal The Times of Israel, uma investigação preliminar não indicou qualquer ataque das forças IDF na área no momento.
A vacinação "foi realizada em coordenação com as IDF, através do COGAT [o organismo militar israelense responsável pelos assuntos civis em Gaza], em cooperação com a comunidade internacional, para que a população pudesse chegar em segurança aos centros médicos", disse o exército.
As IDF afirmaram que o movimento palestino Hamas "dispara deliberadamente a partir de áreas civis, violando o direito internacional e usando civis como escudo para atos de terrorismo contra Israel".
A OMS e o Unicef haviam garantido uma pausa humanitária para a vacinação, embora a área liberada seja consideravelmente menor do que a primeira fase, em setembro, limitada à capital de Gaza.
A OMS e a Unicef lamentaram que cerca de 15 mil crianças com menos de 10 anos permaneçam em áreas inacessíveis devido à falta de segurança, como Jabalia, Beit Lahiya e Beit Hanoun, e frisaram que pelo menos 90% das crianças precisam ser imunizadas para garantir a eficácia da campanha.
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