O funcionário, que falou sob condição de anonimato à AFP, confirmou a informação divulgada pelo jornal colombiano El Tiempo e garantiu que o software foi utilizado apenas no combate ao narcotráfico, negando qualquer outro uso ou financiamento ilícito
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Os Estados Unidos financiaram a compra do software de espionagem israelense 'Pegasus' para as forças de segurança colombianas em 2020, sem informar o então presidente Ivan Duque, confirmou um alto funcionário norte-americano na última sexta-feira.
O funcionário, que falou sob condição de anonimato à AFP, confirmou a informação divulgada pelo jornal colombiano El Tiempo e garantiu que o software foi utilizado apenas no combate ao narcotráfico, negando qualquer outro uso ou financiamento ilícito.
Segundo ele, os Estados Unidos “não tinham nenhuma informação” que indicasse que o software tivesse sido usado para monitorar figuras políticas colombianas e destacou que Washington possuía “protocolos rígidos” sobre o uso do software adquirido pelos colombianos da fabricante israelense NSO Group com fundos norte-americanos.
O presidente colombiano, Gustavo Petro, denunciou em setembro a compra ilegal do software pela polícia do país. Esse software, quando instalado em um celular, permite o acesso às mensagens e dados do usuário, além de ativar remotamente o dispositivo para captar áudio ou vídeo.
Em 2021, 17 veículos de imprensa internacionais revelaram que o software tinha sido usado ao redor do mundo para espionar telefones de centenas de políticos, jornalistas, ativistas de direitos humanos e líderes empresariais.
De acordo com os serviços de inteligência colombianos, o spyware foi adquirido com recursos provenientes de lavagem de dinheiro, uma alegação que o funcionário norte-americano negou.
Após as revelações sobre o Pegasus, os Estados Unidos encerraram o programa em 2022, antes da posse do presidente Gustavo Petro, que também não foi informado sobre o assunto, acrescentou o funcionário.
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