"Não é segredo para ninguém. Um elemento do programa nuclear foi visado nesta ofensiva", declarou Netanyahu, segundo o jornal israelense Yedioth Aharonoth
Tânia Rêgo/Agência Brasil |
Netanyahu destacou que a operação teve como objetivo enfraquecer os mísseis do eixo xiita e alertou sobre os riscos de o Irã obter armamento nuclear: "É uma ameaça existencial, não só para Israel, mas para a paz mundial." Os ataques israelenses ocorreram em resposta ao disparo de cerca de 180 mísseis balísticos iranianos em 1º de outubro, que atingiram bases aéreas israelenses. Apesar dos danos mínimos relatados por Israel, a ofensiva resultou na morte de quatro militares e um civil iranianos em 26 de outubro.
O exército israelense confirmou os ataques e enfatizou a necessidade de proteger sua segurança nacional, enquanto o Irã justificou suas ações como retaliação pela morte de líderes aliados em confrontos anteriores.
Netanyahu também reiterou sua posição contrária a qualquer cessar-fogo na Faixa de Gaza. Segundo ele, uma trégua apenas permitiria ao Hamas consolidar seu poder. "Não estou disposto a recuar de forma alguma", disse o premiê ao Knesset (Parlamento israelense). As negociações para um acordo de paz estão estagnadas desde agosto, com o Hamas exigindo o fim da ocupação e a retirada das tropas israelenses como condições para um cessar-fogo.
Netanyahu também prometeu continuar os esforços para libertar os reféns ainda mantidos pelo Hamas. Dos 251 reféns capturados no ataque de 7 de outubro, 97 permanecem no enclave, sendo que mais da metade é considerada morta, segundo estimativas dos serviços de inteligência israelenses.
O primeiro-ministro criticou abertamente o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, alegando que Washington se opôs a várias de suas decisões militares, incluindo operações estratégicas em Gaza e ataques ao Irã. Netanyahu afirmou que, mesmo diante de pressões americanas, Israel seguirá com suas operações para garantir sua segurança.
Ele também destacou que, mesmo em caso de um acordo de trégua com o Líbano, Israel continuará conduzindo ações preventivas contra o Hezbollah. "Nada garante que o Hezbollah respeitará um acordo. Precisamos agir para evitar seu fortalecimento", concluiu.
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