googlefc.controlledMessagingFunction

Publicidade

CLIMA

Mais previsões: Lisboa tempo por hora

sexta-feira, 13 de dezembro de 2024

Golpistas usam vídeos de menino com síndrome rara para desviar doações

“Tem umas 4 ou 5 vaquinhas usando o vídeo do Lorenzo. Uma delas já tá em R$ 8,4 milhões”, afirmou Cintia de Melo Claudino, mãe do menino.

© Divulgação

Uma campanha de arrecadação criada para ajudar Lorenzo de Melo Claudino Silveira, de 10 anos, portador de distrofia muscular de Duchenne, foi alvo de golpes no Rio Grande do Sul. A família da criança denunciou à Polícia Civil o uso indevido de vídeos da campanha "Juntos com Lorenzo", criados para arrecadar os R$ 16 milhões necessários para o tratamento. Segundo os pais, vídeos com o apelo legítimo estavam sendo usados em páginas falsas para desviar doações. “Tem umas 4 ou 5 vaquinhas usando o vídeo do Lorenzo. Uma delas já tá em R$ 8,4 milhões”, afirmou Cintia de Melo Claudino, mãe do menino.

 

De acordo com a família, os golpistas impulsionaram publicações nas redes sociais para atingir mais pessoas, criando falsas campanhas em nome da causa real. O caso foi registrado como estelionato, e a Polícia Civil trabalha para identificar os responsáveis. “Usar uma doença, usar uma criança para isso... Totalmente sem coração”, desabafou a mãe. Até o momento, a campanha verdadeira arrecadou cerca de R$ 1,5 milhão, menos de 10% do valor necessário.

A distrofia muscular de Duchenne é uma doença genética progressiva que compromete os músculos e pode afetar órgãos vitais, como o coração e os pulmões. Lorenzo já apresenta dificuldade para caminhar e realizar atividades diárias. A família teme que ele perca completamente os movimentos antes de conseguir acesso ao único medicamento capaz de reverter o quadro, o Elevidys, aprovado pela Anvisa em 2 de dezembro.

O Elevidys é uma terapia genética de dose única, indicada para crianças de 4 a 7 anos, faixa etária em que apresentou melhores resultados nos estudos. Lorenzo, com 10 anos, não se enquadra na indicação do medicamento, o que foi citado pela Justiça ao negar um pedido da família para que o tratamento fosse custeado pela União. A decisão também mencionou a limitação de recursos do SUS. Em Minas Gerais, entretanto, uma criança de 5 anos obteve decisão favorável em caso semelhante.

“E o que a gente faz com ele? Espera acontecer o pior?”, questionou o pai de Lorenzo, Jefferson da Rosa Silveira, emocionado. A família segue na tentativa de arrecadar o valor para o tratamento e busca apoio para enfrentar os desafios impostos pela doença.

VIA… NOTÍCIAS AO MINUTO   

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Os comentários são pessoais, é não representam a opinião deste blog.

Muito obrigado, Infonavweb!

Topo