Gilmar fez a declaração em referência às investigações sobre uma suposta tentativa de golpe de Estado que visava assassinar o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB). A trama também teria como alvo o próprio Moraes. O decano aproveitou a ocasião para expressar solidariedade ao colega e sua família diante das ameaças reveladas no suposto plano de golpe.
Bruno Peres/Agência Brasil |
Durante a sessão de encerramento do ano Judiciário, nesta quinta-feira, 19, o ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), elogiou a atuação do colega Alexandre de Moraes: "Vossa Excelência, ministro Alexandre, enche de orgulho a nação brasileira, demonstrando, ao mesmo tempo, ponderação e assertividade na condução dos múltiplos procedimentos adotados para a defesa da democracia em nossa pátria", afirmou.
Gilmar fez a declaração em referência às investigações sobre uma suposta tentativa de golpe de Estado que visava assassinar o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB). A trama também teria como alvo o próprio Moraes. O decano aproveitou a ocasião para expressar solidariedade ao colega e sua família diante das ameaças reveladas no suposto plano de golpe.
O ministro destacou que os fatos apurados até agora revelam "perplexidade e indignação" para os democratas do País. Ele ainda pontuou: "Perante notícias públicas de que verdadeira organização criminosa estaria planejando típico golpe de Estado, é preciso reconhecer que chegamos a graus de paroxismos desconhecidos na história brasileira."
A investigação, conduzida sob relatoria de Moraes, levou a Polícia Federal a indiciar 40 pessoas, incluindo o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e o ex-ministro Walter Braga Netto, que está em prisão preventiva desde sábado, 14. Os indiciados respondem pelos crimes de associação criminosa, tentativa de abolição do Estado de Direito e golpe de Estado.
As declarações de Gilmar Mendes foram feitas no contexto do balanço anual apresentado pelo presidente do STF, Roberto Barroso, que deixará a presidência da Corte em 2025. Barroso destacou os avanços e desafios enfrentados pelo tribunal durante o ano.
Além do reconhecimento, o decano também alertou sobre a gravidade da situação ao enfatizar a necessidade de preservar os pilares democráticos do Brasil. "É fundamental que todos os democratas se mantenham vigilantes frente a esses acontecimentos", afirmou.
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