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quinta-feira, 19 de dezembro de 2024

Putin nega ter sido derrotado com queda de Assad na Síria

Putin disse que não conversou ainda com Assad, que fugiu para Moscou no domingo retrasado (8), quando as forças da HTS (Organização para a Libertação do Levante, na sigla árabe) se aproximavam de Damasco

© Pixabay

(FOLHAPRESS) - Um dos principais derrotados pela ofensiva de rebeldes islâmicos que derrubou a ditadura do aliado Bashar al-Assad na Síria, o presidente Vladimir Putin disse que a Rússia "cumpriu sua missão" e que ajudou forças do Irã a fugir do país árabe.

Putin respondia a um questionamento da rede americana NBC durante sua entrevista coletiva anual, nesta quinta (19) em Moscou. O repórter disse que Putin estava enfraquecido, entre outros motivos, pela queda de Assad há quase duas semanas.

"Discordo. Nós fomos à Síria há dez anos para evitar que um Estado terrorista fosse instalado lá, como ocorreu no Afeganistão. E isso foi bem-sucedido. Assim, nós cumprimos nossa missão, e não temos tropas terrestres lá. As forças [terrestres], isso não é segredo, eram da Síria e de organizações militares pró-Irã", diz.

Putin disse que não conversou ainda com Assad, que fugiu para Moscou no domingo retrasado (8), quando as forças da HTS (Organização para a Libertação do Levante, na sigla árabe) se aproximavam de Damasco.

Questionado pelo mesmo repórter se ele poderia consultar seu hóspede acerca do destino do jornalista americano Austin Tice, desaparecido na Síria há 12 anos, Putin ressalvou que deve ser difícil encontrá-lo, mas prometeu fazer a pergunta.

Putin afirmou que ajudou a evacuar 4.000 soldados iranianos da Síria após a queda de Assad, usando suas aeronaves da base de Hmeimim, que ao lado do porto de Tartus é o principal ativo militar russo no país árabe.

Em 2015, Moscou veio em socorro de Assad, que estava à beira de perder o poder. Instalou-se em Hmeimim com um poderio aéreo sem igual na região, ajudando o aliado, com as tropas locais citadas e também mercenários russos, a estabilizar a ditadura.

Em 2020, um cessar-fogo acertado com a Turquia, que sempre apoiou grupos anti-Assad, parecia ter congelado o conflito. O enfraquecimento russo, devido ao foco na Guerra da Ucrânia, e do Irã e prepostos como o Hezbollah devido aos conflitos com Israel abriu uma janela para os rebeldes.

Putin confirmou que está em contato com os grupos na Síria e que está estudando se é possível e conveniente manter as bases que tem lá. "Hmeimim pode ser uma base para apoio humanitário, como Tartus", disse, sem se referir ao papel real delas: projetar poder no leste do Mediterrâneo e servir de centro logístico para operações na África.

Ele também voltou a criticar Israel por ter ocupado uma zona desmilitarizada na fronteira com a Síria, na prática ampliando em 400 km2 seu território nas anexadas Colinas de Golã. "Isso tem de ser resolvido dentro da Carta da ONU", disse ele, que considerou o Estado judeu "o maior vencedor" com a queda de Assad.

VIA… NOTÍCIAS AO MINUTO   

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