Com dois andares e 408 m², a loja-conceito, também chamada de flagship, é inspirada na icônica unidade da Quinta Avenida, em Nova York (EUA). O estabelecimento é adaptado para atender o estilo da clientela brasileira.
Suíça/© Pixabay |
FLORIANÓPOLIS, SC (FOLHAPRESS) - A Tiffany & Co, marca de joias pertencente ao grupo LVMH (Louis Vuitton Moët Hennessy), maior conglomerado global de varejo de luxo, inaugurou na última quarta-feira (18) sua primeira loja de destaque na América Latina, no shopping Iguatemi, em São Paulo.
Com dois andares e 408 m², a loja-conceito, também chamada de flagship, é inspirada na icônica unidade da Quinta Avenida, em Nova York (EUA). O estabelecimento é adaptado para atender o estilo da clientela brasileira.
Em um ano, a LVMH registrou uma queda de 15% no valor de suas ações na Euronext Paris, principal bolsa de valores da França. Apesar do recuo no mercado global de luxo, o grupo aposta na participação dos brasileiros, que cresceu cerca de 20% em 2023, de acordo com o último relatório da Bain & Company.
Projeções da Euromonitor estimam que o setor alcance R$ 35 bilhões em 2024 no mercado brasileiro. Para Mariana Cerone, professora do Hub de Luxo da ESPM (Escola Superior de Propaganda e Marketing), o aumento da digitalização, a valorização de acessórios como investimentos e a retomada do consumo em grandes centros urbanos pós-pandemia são fatores que impulsionam essa demanda.
"O consumidor de luxo no Brasil é diverso, incluindo o 'novo rico', influenciado pela cultura pop e urbana, que vê o luxo como expressão de identidade, e o cliente tradicional, que valoriza a herança e exclusividade das marcas clássicas. No nosso mercado, o luxo apresenta um perfil único que se diferencia de mercados mais homogêneos, como o europeu", afirma.
Multinacionais têm ajustado suas estratégias no Brasil para equilibrar inovação e tradição, adaptando narrativas que conectem marcas internacionais à autenticidade local, uma demanda valorizada pelos consumidores, afirma a especialista.
Para Roseli Morena Porto, professora da FGV (Fundação Getulio Vargas) e especialista em varejo de luxo e moda, a inauguração da flagship é estratégia para consolidar a imagem da marca no Brasil.
Segundo a companhia, o Brasil é o segundo maior cliente de acessórios da Tiffany na América latina, atrás somente do México. No ano passado, a Iguatemi informou que havia realocado nove lojas para abrigar a Tiffany no shopping paulistano, o que resultou em R$ 22,4 milhões em revenda de pontos para a empresa.
Projetada pela Metro Arquitetos, a loja tem uma fachada inspirada na flora brasileira, composta por tubos de vidro fabricados na Alemanha e montados no Brasil. O interior combina a tradição da marca com obras de artistas contemporâneos nacionais. A sala privativa para atendimentos exclusivos destaca um papel de parede assinado por Vik Muniz, também presente na unidade de Nova York.
A inauguração é um marco significativo na parceria de mais de 20 anos entre o shopping e a joalheira, segundo Cristina Betts, CEO do Iguatemi. "Os brasileiros têm aderido a essas marcas, atraídos por benefícios como acesso direto, personalização e experiências exclusivas. Ao mesmo tempo, as grifes globais reconhecem a importância de se conectar de forma mais próxima com esse público", diz.
Para Glauco Humai, presidente da Abrasce (Associação Brasileira de Shopping Centers), o segmento de luxo tem se tornado cada vez mais atrativo para os shoppings brasileiros.
"Marcas de luxo atraem um público qualificado, aumentam o fluxo de visitantes, geram receitas e fortalecem o mercado, além de impulsionarem a economia local com novos empregos e consolidarem os shoppings como destinos de alto padrão", afirma.
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