O relatório preliminar do INGD, com dados até às 18h de terça-feira, aponta que 35.689 famílias foram afetadas, totalizando cerca de 181.554 pessoas.
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Pelo menos 70 pessoas morreram e outras 600 ficaram feridas nas províncias de Cabo Delgado, Nampula e Niassa, após a passagem do ciclone tropical Chido, segundo os dados atualizados hoje pelas autoridades moçambicanas.
Em declarações à imprensa, Bonifácio António, técnico do Instituto Nacional de Gestão e Redução do Risco de Desastres (INGD), confirmou o aumento do número de vítimas. "Confirma-se o que foi anunciado ontem [terça-feira], com mais de 70 mortos, quase 600 feridos e muitas casas destruídas. Os trabalhos de resgate ainda estão em andamento", informou.
De acordo com dados preliminares apresentados por Bonifácio António, o Centro Nacional Operativo de Emergência (CNOE) registrou pelo menos 50 mortes no distrito de Mecufi, em Cabo Delgado, no norte do país. "Muitas unidades de saúde, infraestruturas públicas e escolas foram destruídas. O número de vítimas pode aumentar conforme as equipes continuam as buscas", acrescentou.
O relatório preliminar do INGD, com dados até às 18h de terça-feira, aponta que 35.689 famílias foram afetadas, totalizando cerca de 181.554 pessoas. Além disso, a passagem do ciclone causou danos significativos em infraestruturas: 36.207 casas foram destruídas total ou parcialmente, 48 unidades hospitalares foram atingidas, assim como 13 locais de culto, 186 postes de energia, nove sistemas de água e 171 embarcações.
A educação também foi severamente afetada, com 149 escolas danificadas, prejudicando 15.429 alunos e 224 professores.
O ciclone Chido, que se formou no dia 5 de dezembro no sudoeste do Oceano Índico, entrou no domingo no distrito de Mecufi, em Cabo Delgado, trazendo ventos de até 260 km/h e chuvas fortes. Classificado como um ciclone tropical intenso de categoria 3 (em uma escala de 1 a 5), Chido atingiu a zona costeira do norte de Moçambique na noite de sábado para domingo. Embora tenha enfraquecido para uma tempestade tropical severa, o ciclone continuou a afetar as províncias do norte com chuvas muito fortes (acima de 250 mm em 24 horas), trovoadas e ventos com rajadas intensas.
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